domingo, 15 de novembro de 2015

A Rosa Azul

«E se você dormisse? E se você sonhasse? E se, em seu sonho, você fosse ao Paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se, ao despertar, você tivesse a flor entre as mãos? Ah, e então?» - Die Blaue Blume, Novalis.

A Rosa Azul, aquarela.
A flor azul tem um simbolismo especial. Novalis foi o primeiro a usar esse símbolo quando a bordou em seus escritos inspirado por uma pintura de seu amigo Friedrich Schwedenstein. Conta-se que o jovem Heinrich sonhou que caminhava por um bosque e encontrou uma brilhante flor azul rodeada de outras flores de outras cores. Mas Heinrich só teve olhos para a azul, a qual contemplava cheio de ternura. Goethe também buscou em Itália a sua "Urpflanze" ou "Planta Original". Caravaggio ensaiava em suas pinturas esboços de uma tal rosa veneziana, azul como os céus de Veneza. A flor azul parece unir na natureza, o homem e o espírito humano. Representa a luta metafísica pelo perfeito e infinito em sentimentos como o respeito, a admiração, a apreciação, o desejo e o amor distante... trovadoresco, inalcançável, ou mesmo platônico.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

I Exposição - Congresso Internacional: A Arte de Ser Português (Lisboa/Portugal)

Da Visitação dos sóis: Pela via de sempre cada passo é novo...

Decorre na cidade de Lisboa, durante os dias 14, 15 e 16 de Outubro, o Congresso Internacional «A "Arte de Ser Português" no centenário da sua publicação». Um encontro integrado nas celebrações do Triénio Pascoalino de 2014, 2015, 2017. Esse ano recebi o convite para participar no evento com uma pequena mostra que resultou na minha primeira exposição, pelo que gostaria de expressar os meus agradecimentos à Comissão Organizadora do Congresso, bem como à Biblioteca Nacional de Portugal pelo reconhecimento e oportunidade. Pessoalmente devo também agradecer essa realização a quem me despertou para a arte e mais insistiu em meu trabalho. Sem a motivação constante da Nova Casa Portuguesa esses desenhos, provavelmente, nunca teriam saído de minha gaveta. Tal ter acontecido foi para mim um grande feito. Temos muito quando temos Portugal! 

As ilustrações são referentes a alguns dos grandes nomes da cultura e do pensamento português do século XX:


«Os mundos aproximam-se, até os contíguos, e desta cumplicidade nascem sonhos com um espírito de permanente comunhão, criando-se pontes até ao infinito. Enceta-se assim um caminho para a sublimação e superação da própria individualidade, através do qual a Verdade se manifesta pela seguinte tetralogia portuguesa: Saudade, Paixão, Amor e Glória.» [Nova Casa Portuguesa].

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Hirundinae

«Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!»


Estudo simples sobre aves com esferográfica, lápis de cor e aquarela, a partir de um papel de carta da "Graphics Fairy", de Karen Watson. Para inspirar: Sob a sombra da andorinha.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

La vita plurale di Fernando Pessoa

Trabalho de ilustração para convite e cartaz da apresentação do livro "La vita plurale di Fernando Pessoa". Aquarela pode ser conferida aqui


domingo, 8 de março de 2015

Templo de Diana

Representação em aquarela do Painel de Azulejos da estação Beirã-Marvão (de José Flacho).







domingo, 1 de março de 2015

Homenagem a Dalila Pereira Da Costa

Na passada sessão do Ciclo de Tertúlias Bruninas, inteiramente dedicado a Dalila Pereira da Costa, foram distribuídas aos presentes 44 reproduções, numeradas à mão, de uma aquarela minha. Esta aquarela foi pintada a partir de uma fotografia de 1938, ano em Dalila Pereira da Costa completou 20 anos de idade.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Selvatiquezas

Entre cactos e espinheiros: a beleza como horizonte. Um olhar mais demorado sobre o Nordeste Brasileiro: Fauna e Flora fotografada pelo meu amigo Assis Medeiros (Afríx).

Galo da Campina, Paroaria dominicana.
Cancão, Cyanocorax cyanopogon.
Freirinha, Arundinicola leucocephala. 
Marimbondo-caboclo, Polistes canadensis.
Concriz, Icterus jamacaii.
Pôr do sol no Serrote Branco II. Caicó, Rio Grande do Norte. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O livro é a Espada do Espírito

Publicado por Edições RéquilaPara comprar ou obter mais informações acerca destas publicações, contatem a editora através do seguinte endereço de correio eletrônico: edicoesrequila@gmail.com.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Uma "grandeza" que emerge do inconsciente

Volta e meia ilustro o sonho recorrente que tenho com uma baleia que traz o universo como parte de si. Penso que essa imagem tem relação com uma "grandeza" que emerge do inconsciente, já que o oceano tem esse simbolismo. Poeticamente gosto de imaginar que dentro do coração de uma baleia tem poeira de estrelas, e que a canção por ela emitida fala do universo que existe nela própria... 

«...ouvia-se um silvo e de repente uma baleia surgia. Saltava mais alto que as ondas ferozes, e no momento que estava no ar, podia-se ver o universo com suas nebulosas e planetas ao redor. Havia silêncio como se essa visão nos levasse mesmo ao vácuo do infinito. Então a baleia tornava a mergulhar e nos sentíamos de novo na terra, em meio ao rebuliço do oceano barulhento.» - Sonho do dia 15 de Julho de 2014.

«...a cauda de uma imensa baleia cruzando a água como quem bailava a minha frente. Tudo que se ouvia era o "Om" do oceano. E eu me sentia assim, flutuando numa imensidão maravilhosa.» - Sonho do dia 27 de setembro de 2014.

«...uma mancha preta com bolinhas brancas passava no fundo do lago, eu saia rápido da água e então via um tubarão-baleia magnífico que saltava até tornar o universo parte dele ou ele um pedaço do universo com suas costas estreladas.» - Sonho do dia 15 de Novembro de 2014.

«...um tanque de águas verdes com musgos, era tão profundo que lá no fundo nadava uma grande baleia jubarte, que em noites estreladas, saltava para ver o universo.» - Sonho do dia 18 de Junho de 2015.